Carregando...

CARTA PARCIAL DE RESULTADOS

O documento reúne os principais pontos dos debates nas rodadas ocorridas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além disso, apresenta recomendações resultantes desses dois primeiros encontros. Confira!

RODADAS SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO

Em 2016, foram realizadas duas rodadas do Diálogos Públicos. A primeira em São Paulo e a segunda no Rio de Janeiro. Saiba mais

RODADA EM SALVADOR

Nos dias 2 e 3 de outubro de 2017, na cidade de Salvador-BA, aconteceu a terceira rodada do Diálogos Públicos, em parceria com Ministério Público do Estado da Bahia.
Acesse


  • Polícia Democrática
    e Direito à Segurança


 

 

SOBRE DIÁLOGOS PÚBLICOS

Os Diálogos Públicos – Ministério Público e Sociedade: Polícia Democrática e Direito à Segurança compõem um ciclo nacional de encontros proposto pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto Sou da Paz e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo. Os encontros têm como objetivo o debate plural sobre as causas e consequências da violência no Brasil, ampliando e aprofundando discussões referentes ao papel e às mudanças necessárias às diferentes instituições do sistema de justiça e segurança no cumprimento de suas tarefas. Como resultado, os Diálogos Públicos buscam apresentar recomendações para a superação do atual cenário de violência, da ineficácia do sistema de justiça, da letalidade estatal e da vulnerabilidade do profissional de segurança pública.


POR QUE ESSE DEBATE É IMPORTANTE ?

O Brasil possui uma democracia jovem. A herança do nosso passado autoritário, sobretudo dos períodos mais recentes, ainda foi pouco discutida e um dos mais graves legados deste período é a omissão em relação à segurança pública: 

. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, 11% dos homicídios no mundo, em 2012, ocorreram no Brasil, sendo que somente 2,9% da população mundial vive em nosso país. Em números absolutos, o Brasil ocupou a primeira posição no ranking mundial de homicídios do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC) em 2012. 

. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, demonstra que houve 58.467 mortes violentas intencionais no Brasil em 2015, ou seja, 28,6 pessoas por 100 mil habitantes. 

. Ainda de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, forças do Estado responderam por 3.320 mortes em 2015, sendo este número maior do que o de vítimas de latrocínio ou de lesão corporal seguida de morte. 

. A outra face deste trágico cenário é a vitimização de policiais: segundo a pesquisa, 358 profissionais perderam sua vida em 2015, ainda que majoritariamente fora de serviço. 

Os dados explicitam que o mesmo Estado que tem dificuldade em controlar o uso da força letal por seus agentes também falha em garantir cuidado e proteção aos seus profissionais. 

As respostas das instituições de segurança pública e justiça frente a esse cenário têm sido insuficientes. Além disso, o Brasil ultrapassou a marca de 622 mil presos – atingindo uma taxa de 306 presos por 100 mil habitantes (enquanto a taxa mundial é de 144) –, demonstrando que o atual modelo de sistema penitenciário termina por ser um fator de aumento da criminalidade, ao invés de política vocacionada à sua redução. 

Na mesma esteira, a falta de confiança nas instituições estatais foi aferida em pesquisa de 2015 da Fundação Getúlio Vargas, segundo a qual apenas 33% das pessoas afirmaram confiar nas polícias, 45% no Ministério Público e 25% no Judiciário. Esta desconfiança, somada ao medo e à indignação da população frente ao serviço prestado, produz um indesejável apoio popular a medidas ilegais e incompatíveis com o Estado de Direito e a democracia, tais como execuções sumárias por forças policiais, linchamentos e privatização da segurança e dos espaços públicos. 

Já passa do tempo, portanto, de se promover uma reforma institucional da segurança pública no Brasil, que tenha como fundamento a responsividade dos serviços estatais à sociedade civil na sua integralidade, e não apenas aos grupos política ou socialmente mais privilegiados. 

Essa reforma demanda um entendimento nacional que respeite os interesses legítimos de todas as expressões sociais e envolva as lideranças políticas, os profissionais de segurança de todas as carreiras e a sociedade civil. Um entendimento que não seja dominado por disputas corporativas, mas sim pautado no reconhecimento da corresponsabilidade da esfera pública e privada pela superação da falência do modelo atual de segurança pública e, sobretudo, pelos papéis que as polícias, o Ministério Público e o Judiciário devem desempenhar para alcançarmos um padrão de segurança eficaz, democrático e comprometido com o respeito aos direitos dos cidadãos. 

RODADAS

EM 2016, FORAM REALIZADOS DIÁLOGOS EM SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO.

EM OUTUBRO DE 2017, EM SALVADOR, BAHIA, ACONTECEU MAIS UMA RODADA.




SÃO PAULO

Ocorrido nos dias 16 e 17 de março de 2016, foi o primeiro encontro da rodada de diálogos. Organizado pela PFDC, contou com o apoio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Saiba mais.

 



RIO DE JANEIRO

O segundo debate do ciclo de diálogos aconteceu em 1 e 2/12/16. Novos parceiros entraram para fortalecer a iniciativa, como o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do MP/RJ e a Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ.

Saiba mais.



SALVADOR

Salvador acolheu, na sede do Ministério Público do Estado da Bahia, nos dias 2 e 3 de outubro, o terceiro ciclo de debates. O evento reuniu mais de 30 expositores para discutir segurança pública.  

Saiba mais

 

 

REALIZADOREs

 


 

 

 

 

 

 

 

 

Parceiros regionais